segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Inception (2010)

Eu sou uma pessoa que gosta facilmente de filmes. Desde que estes sejam um bom entretenimento - como o caso da maioria das comédias românticas -, eu gosto. No entanto, eu adoro filmes que sejam capazes de puxar pelo meu raciocínio, que me deixem completamente parva com o desenrolar da história, que me façam querer procurar e ler mais informação acerca do mesmo quando termina, ou então de estimular a minha imaginação para tentar absorver tudo o que extraí do filme. E o Inception é um deles.

Já havia visto este filme há uns bons anos - um ou dois anos logo após ter saído - e, apesar de não me lembrar de muitos pormenores inerentes a esta longa metragem, este continua a ser um dos meus preferidos de sempre. E ontem foi a oportunidade perfeita para o rever.

O filme retrata a história de Cobb (Leonardo DiCaprio), um indivíduo pago para conseguir extrair informação das pessoas através dos sonhos. Quando num trabalho a experiência corre mal - e a vítima consegue descobrir que se encontra num sonho -, Cobb e Arthur (Joseph Gordon-Levitt) veem-se metidos numa encruzilhada da qual só há uma saída: aceitar a proposta que essa vítima tem para lhes oferecer. Contudo, contrariamente aos trabalhos a que estão habituados a fazer, onde o objetivo é sempre retirar informação do subconsciente das pessoas, sem que estas desconfiem, nesta nova missão eles precisam de implantar uma ideia no subconsciente de alguém, para que esta se propague sem a pessoa desconfiar. Para tal, Cobb reune uma equipa (Ariadne, interpretada por Ellen Page, Eames, por Tom Hardy, e ainda Yusuf, personagem de Dileep Rao) para que o sonho seja construído e o plano muito bem pensado.

Embora a sinopse do filme pareça um bocado para o complexa, ou até mesmo um tanto ou quanto ilusória, esta obra de Christopher Nolan consegue prender-nos ao ecrã para não perdermos um único segundo. A história faz todo o sentido e a argumentação está de tal forma bem feita que nos faz acreditar que tudo é possível quando estamos dentro de um subconsciente. Todos os pormenores são tratados com rigor e este é um dos aspetos que mais caracteriza o filme: não há espaço para falhas, nem para pontas soltas - pelo menos durante o desenrolar do mesmo.

Com um final completamente inesperado, que nos leva a criar teorias acerca do verdadeiro intuito de todo o filme, o Inception foge de todas as histórias a que estamos habituados e exibe uma prestação excelente do elenco de luxo pelo qual é composto. E a banda sonora conta com o clássico de Edith Piaf, Non, Je ne regrette rien, e com Hans Zimmer, deixando-nos arrepiados de início ao fim.

Cheio de simbolismos, e mensagens subliminares, o Inception é um filme emocionante que merece ser visto mais do que uma vez.

"What is the most resilient parasite? Bacteria? A virus? An intestinal worm? An idea. Resilient... highly contagious. Once an idea has taken hold of the brain it's almost impossible to eradicate. An idea that is fully formed - fully understood - that sticks; right in there somewhere."

2 comentários:

  1. Não sei se já vi mas acho que não. Tenho de ver :D Onde vês os filmes? uso o stremio mas leva tanto tempo a estar disponivel e quase nunca tem fontes.

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  2. Ainda não vi este filme. Tenho mesmo de ver :)

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