sábado, 26 de maio de 2018

The Wolf of Wall Street (2013)

Esta semana regressei às noites de cinema em casa para rever um dos filmes que mais me marcou: The Wolf of Wall Street. O filme de Martin Scorsese baseia-se numa história verídica da vida de Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), um jovem casado que consegue entrar para uma das maiores empresas de Wall Street de investimentos financeiros. No entanto, após a tão famosa segunda-feira negra (19 de outubro de 1987) para os mercados financeiros, onde houve grandes perdas e prejuízos, Belfort foi despedido e só encontrou emprego como corretor numa pequena empresa de investimentos em ações low cost. As comissões que ganhava em cada investimento que realizasse eram convidativas: 50% do valor monetário das transferências iam diretamente para o bolso do corretor. No entanto, as ações eram de startups que, à partida, não garantiam qualquer futuro e o seu preço andava na casa dos 10 cêntimos por ação. 

Com as suas excelentes capacidades de negociação, e com a pouca moral que o caracterizava, Belfort impingia compras avultadas aos seus clientes investidores, mentindo-lhes acerca do futuro das empresas, e com isso conseguiu fundos suficientes para abrir a sua própria empresa fraudulenta que cresceu imenso com as artimanhas do corretor pela ganância do dinheiro. 

O filme retrata, muito explicitamente, a vida boémia que Belfort levou durante os anos de glória da sua empresa Stratton Oakmont, nomeadamente a sua dependência por drogas e sexo. É de facto muito chocante saber aquilo que foi capaz de fazer com os seus clientes apenas para conseguir ainda mais dinheiro e choca ainda mais as suas atitudes que não demonstram qualquer tipo de arrependimento. Belfort é brilhantemente interpretado por Leonardo DiCaprio e os restantes personagens são igualmente corruptos, interesseiros e sem qualquer tipo de moral ou respeito. O egoísmo é claro, e a falta de escrúpulos é surpreendente. 

Sem nunca nos massacrar com os pormenores financeiros mais difíceis de interpretar, e mencionando de igual modo de forma súbtil as práticas fraudulentas que conduziram à recente crise económica e financeira pela qual recentemente passámos - só quem está ciente do assunto é que se apercebe -, The Wolf of Wall Street apresenta-nos uma realidade à qual não estamos habituados e é muito justo na caracterização das personagens. Esta foi a terceira vez que o vi e voltou a proporcionar um bom serão. 

1 comentário:

  1. Ando para ver este filme há tanto tempo, mas vou sempre deixando para lá.
    Tenho mesmo de o ver.

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