terça-feira, 14 de novembro de 2017

Best Friends

Eu sempre tive um grupo de melhores amigos bastante reduzido. Tive amigos, muitos colegas de turma, mas poucos eram aqueles em quem confiava totalmente e me conheciam verdadeiramente. Isto não implica que sejamos pessoas diferentes quando estamos com alguém mais distante, mas sim que conseguimos estar completamente à vontade e abrimo-nos mais com as nossas pessoas - são relações diferentes. 

Ao longo da minha vida, contei sempre pelos dedos de uma mão os meus melhores amigos. Ainda hoje conto. Apanhei imensas desilusões e, como tal, confesso que fiquei escaldada e dou por mim a ser mais reservada quando conheço novas pessoas. É normal, diria eu. Sempre me importei mais com a qualidade das minhas relações ao invés da quantidade.

Deste modo, de entre o meu grupo de melhores amigos, as duas pessoas mais chegadas a mim foram de Erasmus para dois países completamente diferentes. Embora fizesse parte dos meus planos, infelizmente não vou ter a oportunidade de visitar nenhuma delas, e hoje, passados 2 meses desde a última vez que as vi, estou a morrer de saudades. É difícil manter conversas com fusos horários diferentes, e sinto falta de as ter na minha rotina. Apesar de não as ver com a frequência com que gostaria, sabia que ambas estavam à distância de apenas um telefonema, enquanto que agora são milhares os quilómetros que nos separam. 

Gostava de dizer que não custa, que está a passar rápido e que não me importo de as ter longe, mas estaria a mentir. Eu tenho imensas saudades delas e, mesmo sabendo que estão a ter a experiência da vida delas, não deixo de querer estar com ambas. Elas são as minhas pessoas, e eu quero-as perto de mim. Mas, simultaneamente, quero deixá-las voar mais alto.   

Não vejo a hora de vocês voltarem...

3 comentários:

  1. Também conto os meus melhores amigos pelos dedos de uma mão, tenho pessoas com quem me dou muito bem, mas aqueles em quem confio são muito poucos. A quantidade não interessa. O que importa é quem está verdadeiramente contigo e tu saibas que podes quase confiar a tua vida nessa pessoa.
    Acredito que seja complicado, uma das minhas pessoas quer ir de Erasmus no próximo ano e eu já começo a imaginar como será. Mas pronto, faz parte, Não tarda estão de volta, ao pé de ti e prontas para conversar sobre tudo e mais alguma coisa :)

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  2. Também tenho um grupo pequeno de melhores amigos, mas bons. Como se costuma dizer, o que importa é a qualidade e não a quantidade :).
    Acredito que seja muito complicado e que as saudades sejam muitas. Eu não tenho amigos em Erasmus, mas uma das minhas melhores amigas está a estudar em Lisboa e também sinto falta de a ter na minha rotina. Apesar de estarmos no mesmo fuso horário, o estudo, os horários das aulas e a vida em geral impede-nos de estarmos sempre a falar.
    Quando voltarem, poderão voltar a encontrar-se e terão certamente muita conversa para pôr em dia :).
    Beijinhos,
    Cherry
    Blog: Life of Cherry

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  3. Que fofa, Nani! E tão sincera. É normal que as querias de volta o mais rápido possível, seria estranho se não quisesses. O truque é manteres-te o máximo distraída, ocupada, sendo Que, sempre que sentires saudades, podes deixar uma mensagem ou uma foto ou um coração. Estas novas tecnologias trouxeram isso de bom: a proximidade que agora se vive a partir do ecrã. Não é a mesma coisa, mas já é alguma coisa.
    Quando elas voltarem é que vai ser. Imagino só 🌻

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