A 11 de setembro de 2001 o mundo mudou. O tão conhecido atentado aos Estados Unidos da América permanece ainda hoje na memória de todos aqueles que assistiram à queda das tão famosas Torres Gémeas de Nova Iorque, e ao ataque ao Pentágono em Washington D.C.. Lembro-me tão bem de ter apenas 6 anos de idade e de me colar em frente à televisão com uma expressão de horror no rosto, durante o dia inteiro, à espera de tentar perceber o que tinha acontecido, e questionando todos ao meu redor. E naquele momento, em que a primeira torre cede e cai, senti medo, muito medo.
Não era eu que estava naquele lugar. Não tinha familiares a trabalhar naquele sítio nem tão pouco conhecia as pessoas que passaram por todo aquele sofrimento. Mas não deixei de me sentir mal, com medo, de coração partido e apertado, e com um nó no estômago gigante por saber, tão nova, que um ser humano é capaz de tamanha crueldade. E 16 anos depois, o mundo continua cruel. Os atentados têm ocorrido em maior número, mas desta vez não é apenas do outro lado do Atlântico. É já aqui ao lado, nos países que nos são tão familiares.
O terrorismo - e quem diz o terrorismo, diz a guerra! - não vai acabar tão cedo, com muita pena minha. Infelizmente é esta a sensação que tenho e vai muito para além dos atentados que são levados a cabo. Deixei de ter aquela visão de que estamos seguros em qualquer lado. Deixei de acreditar que o mal no mundo vai terminar e o bem prevalecer, como em todas as histórias que ouvia em criança. O mundo está longe de encontrar paz. E isso tudo assusta-me.
Gostaria de aqui prestar a minha homenagem a todas as vítimas de todos os atentados, e a todos os heróis que prestaram auxílio em todos eles e salvam muitas vidas. A todos aqueles que combatem diariamente em nome da sua pátria, sem saberem quando tudo acabará e poderão regressar ao conforto das suas casas. A todos os que sobreviveram ao terror, e lutam para esquecerem esses pesadelos. A todos nós, humanos, que assistimos a grandes atrocidades sem compreendermos o porquê de tudo acontecer. Que nada disto seja esquecido.
No dia 11 de setembro de 200, eu tinha apenas quatro anos. Não me lembro de muita coisa dos meus quatro anos, mas se há coisa que me lembro é desse dia. Lembro-me de estar a brincar na cozinha, ao lado da minha mãe, que estava a tirar a loiça na máquina, quando, de repente, olho para olhar alarmado dela, e olho para a televisão, e aí vejo o ataque às Torres Gémeas. Depois disso, apesar de ser criança, estive o dia todo a assistir ao ataque e a ver as torres gémeas caírem, com medo e com uma expressão de terror na cara. Apesar de ser tão nova ( era ainda mais nova que tu), já sabia que depois daquilo o mundo nunca mais ia ser o mesmo, e que o ser humano conseguia ser muito cruel. Aquilo que me perturbou mais nesse dia foi que, a certa altura, começaram a dar repetições do atentado em todos os canais e eu aí não estava a conseguir perceber que eram repetições, pensava que era outros prédios a caírem ( lá está, eu era muito nova para compreender), e comecei a chorar e a berrar tanto que a minha mãe me levou para o quarto e só saí de lá no dia a seguir. É engraçado ( e muito triste ao mesmo tempo) como todos nós nos lembramos perfeitamente onde estávamos e o que estávamos a fazer nesse dia.
ResponderEliminarFoi mesmo um atentado lamentável, que ainda hoje me choca. Os atentados estão longe de acabar, mas temos que continuar a lutar com todas as nossas forças.
Beijinhos,
Cherry
Blog: Life of Cherry
Exatamente, foi um dia que nos marcou a todos, independentemente da idade. Eu lembro-me mesmo de tudo, tal foi o choque.
EliminarBeijinho Cherry!
É assustador como, 16 anos depois, as coisas deviam estar mais calmas e a paz devia ser geral, porém, é precisamente o contrário que está a acontecer: cada vez há atentados mais graves na Europa, onde ainda não tinham chegado, as guerras civis na Síria e nesses países aumentam o número de vítimas de dia para dia, na América tem-se andado na corda bamba, nos países Asiáticos está tudo doido... É mesmo de temer e de ficar pé atrás sempre que saímos. Isso é tão triste.
ResponderEliminarSe, maior parte das vezes acho que há volta a dar, neste momento, sinto que o Mundo está num impasse muito grande e não sei até onde vai conseguir chegar mais ou menos em condições!
Sim, prestemos homenagem a quem combate e dá a vida, estas pessoas merecem mesmo todo o nosso respeito e apoio.
Beijinhos, Dani :)