segunda-feira, 11 de setembro de 2017

11 de setembro de 2001

A 11 de setembro de 2001 o mundo mudou. O tão conhecido atentado aos Estados Unidos da América permanece ainda hoje na memória de todos aqueles que assistiram à queda das tão famosas Torres Gémeas de Nova Iorque, e ao ataque ao Pentágono em Washington D.C.. Lembro-me tão bem de ter apenas 6 anos de idade e de me colar em frente à televisão com uma expressão de horror no rosto, durante o dia inteiro, à espera de tentar perceber o que tinha acontecido, e questionando todos ao meu redor. E naquele momento, em que a primeira torre cede e cai, senti medo, muito medo. 

Não era eu que estava naquele lugar. Não tinha familiares a trabalhar naquele sítio nem tão pouco conhecia as pessoas que passaram por todo aquele sofrimento. Mas não deixei de me sentir mal, com medo, de coração partido e apertado, e com um nó no estômago gigante por saber, tão nova, que um ser humano é capaz de tamanha crueldade. E 16 anos depois, o mundo continua cruel. Os atentados têm ocorrido em maior número, mas desta vez não é apenas do outro lado do Atlântico. É já aqui ao lado, nos países que nos são tão familiares. 

O terrorismo - e quem diz o terrorismo, diz a guerra! - não vai acabar tão cedo, com muita pena minha. Infelizmente é esta a sensação que tenho e vai muito para além dos atentados que são levados a cabo. Deixei de ter aquela visão de que estamos seguros em qualquer lado. Deixei de acreditar que o mal no mundo vai terminar e o bem prevalecer, como em todas as histórias que ouvia em criança. O mundo está longe de encontrar paz. E isso tudo assusta-me.

Gostaria de aqui prestar a minha homenagem a todas as vítimas de todos os atentados, e a todos os heróis que prestaram auxílio em todos eles e salvam muitas vidas. A todos aqueles que combatem diariamente em nome da sua pátria, sem saberem quando tudo acabará e poderão regressar ao conforto das suas casas. A todos os que sobreviveram ao terror, e lutam para esquecerem esses pesadelos. A todos nós, humanos, que assistimos a grandes atrocidades sem compreendermos o porquê de tudo acontecer. Que nada disto seja esquecido.


3 comentários:

  1. No dia 11 de setembro de 200, eu tinha apenas quatro anos. Não me lembro de muita coisa dos meus quatro anos, mas se há coisa que me lembro é desse dia. Lembro-me de estar a brincar na cozinha, ao lado da minha mãe, que estava a tirar a loiça na máquina, quando, de repente, olho para olhar alarmado dela, e olho para a televisão, e aí vejo o ataque às Torres Gémeas. Depois disso, apesar de ser criança, estive o dia todo a assistir ao ataque e a ver as torres gémeas caírem, com medo e com uma expressão de terror na cara. Apesar de ser tão nova ( era ainda mais nova que tu), já sabia que depois daquilo o mundo nunca mais ia ser o mesmo, e que o ser humano conseguia ser muito cruel. Aquilo que me perturbou mais nesse dia foi que, a certa altura, começaram a dar repetições do atentado em todos os canais e eu aí não estava a conseguir perceber que eram repetições, pensava que era outros prédios a caírem ( lá está, eu era muito nova para compreender), e comecei a chorar e a berrar tanto que a minha mãe me levou para o quarto e só saí de lá no dia a seguir. É engraçado ( e muito triste ao mesmo tempo) como todos nós nos lembramos perfeitamente onde estávamos e o que estávamos a fazer nesse dia.
    Foi mesmo um atentado lamentável, que ainda hoje me choca. Os atentados estão longe de acabar, mas temos que continuar a lutar com todas as nossas forças.
    Beijinhos,
    Cherry
    Blog: Life of Cherry

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    1. Exatamente, foi um dia que nos marcou a todos, independentemente da idade. Eu lembro-me mesmo de tudo, tal foi o choque.
      Beijinho Cherry!

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  2. É assustador como, 16 anos depois, as coisas deviam estar mais calmas e a paz devia ser geral, porém, é precisamente o contrário que está a acontecer: cada vez há atentados mais graves na Europa, onde ainda não tinham chegado, as guerras civis na Síria e nesses países aumentam o número de vítimas de dia para dia, na América tem-se andado na corda bamba, nos países Asiáticos está tudo doido... É mesmo de temer e de ficar pé atrás sempre que saímos. Isso é tão triste.
    Se, maior parte das vezes acho que há volta a dar, neste momento, sinto que o Mundo está num impasse muito grande e não sei até onde vai conseguir chegar mais ou menos em condições!

    Sim, prestemos homenagem a quem combate e dá a vida, estas pessoas merecem mesmo todo o nosso respeito e apoio.
    Beijinhos, Dani :)

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